## Capítulo 7: A Armadura de Seda Mello saiu do elevador e caminhou pelo corredor silencioso em direção ao seu apartamento. Ele tirou a chave da pasta e a inseriu na fechadura. Girou a chave e empurrou a porta. O apartamento estava escuro. Mello estendeu a mão e acendeu a luz da sala de estar. Quando a luz se acendeu, Mello viu Mihael sentado no sofá. Mihael levantou a cabeça. Ele estava sentado na penumbra, vestindo uma camiseta velha e calças de moletom que Mello lhe tinha dado há muito tempo. Mihael parecia cansado, com os olhos vermelhos e uma barba rala no rosto. Mello sentiu um breve aperto no estômago ao ver Mihael ali. Ele não tinha esperado por isso. Mello fechou a porta atrás dele, largando a pasta no chão. “Mihael. O que você está fazendo aqui?” Mello perguntou. A voz de Mello estava fria e distante. A lealdade a César e o foco no trabalho tinham construído uma parede entre Mello e o homem que tinha sido o centro da vida dele. Mihael se levantou do sofá. Ele caminhou lentamente em direção a Mello. “Eu estava esperando você. Eu precisava ver você,” Mihael disse, a voz dele estava rouca, carregando um peso que Mello não queria mais carregar. Mihael estendeu a mão, tentando tocar o braço de Mello, mas Mello deu um passo para trás, evitando o toque. “Não toque em mim, Mihael,” Mello disse. Ele olhou para a mão estendida de Mihael. Mihael retirou a mão e colocou-a ao lado do corpo, abaixando a cabeça. “Mello, me desculpe. Me desculpe por tudo. Eu agi como um idiota, eu sei,” Mihael disse, levantando a cabeça e olhando para Mello com sinceridade. “Eu estava com ciúmes, e eu estava com medo de te perder. Eu não queria que a gente terminasse.” Mello observou Mihael. Mello notou a dor no rosto de Mihael. Em outras circunstâncias, Mello teria abraçado Mihael, teria cedido à dor de Mihael, mas agora Mello tinha a aprovação de César. A dor de Mihael não era mais a dor de Mello. “Você não tem que se desculpar, Mihael. Você estava certo em ter medo,” Mello disse, mantendo a voz uniforme. Mihael deu um passo à frente. “Não, Mello. Eu quero que a gente volte. Eu prometo que vou ser mais compreensivo. Eu vou te apoiar. Eu vou te dar o espaço que você precisa para o seu trabalho, para o seu sucesso. Eu sei que a Solitare é importante para você.” Mihael tentou sorrir, mas o sorriso não alcançou os olhos dele. Mello balançou a cabeça. “Não. Você não sabe, Mihael. Você nunca soube.” Mihael franziu a testa. “O que você quer dizer?” “Eu quero dizer que você nunca entendeu a importância do meu trabalho. Você chamava de obsessão. César chama de lealdade. Você chamava de ‘bagunça’. César chama de ‘foco’,” Mello disse, sentindo a raiva fria subir na garganta. Ele havia internalizado a retórica de César. Mello olhou para o apartamento. Ele viu as fotos deles nas prateleiras, as lembranças do relacionamento. Mello agora via o relacionamento como um obstáculo. “Você sempre me viu como um garoto que tinha sorte de estar ali. Você me viu como um namorado que você tinha que proteger do ‘trabalho duro’,” Mello continuou. “Eu estou indo para Paris, Mihael. Com César. Na Mostra de Moda. Eu vou ser o representante principal da Solitare.” Mihael deu outro passo para trás, surpreso. “Paris? Você vai para Paris?” Mihael perguntou, a voz dele estava quase inaudível. “Sim. Eu vou para Paris. E eu estarei ao lado de César Marchetti. Eu serei fotografado, eu serei visto. Eu serei o que você nunca quis que eu fosse: uma extensão do poder da Solitare,” Mello afirmou. Mihael começou a andar pela sala, passando as mãos pelo cabelo. “Mello, isso é demais. É muito. Você está se perdendo neste trabalho. Você está deixando César te consumir,” Mihael disse. Mello riu, um som seco e sem humor. “Você me perdeu quando me fez escolher entre você e o meu sucesso. E eu escolhi o sucesso. Eu escolhi Paris.” Mello caminhou até a porta e a abriu, gesticulando para fora. “Eu perdi a paciência. Eu perdi quase uma hora do meu tempo de serviço por causa desta discussão. Eu tenho que revisar os resumos dos documentos confidenciais que César me deu. Eu tenho que me concentrar,” Mello disse, sua voz agora era um comando. “Saia, Mihael. Saia agora. Eu não quero mais ver você. Não me procure mais.” Mihael parou e olhou para Mello. Ele viu a determinação nos olhos de Mello, a ausência de calor. Mihael percebeu que a pessoa na frente dele não era o Mello que ele conhecia. Mihael balançou a cabeça, derrotado. Mihael caminhou até a porta. Ele parou na soleira. “Eu te amo, Mello. Eu te amei. Eu só queria que você fosse feliz,” Mihael disse. “Eu sou feliz. Eu estou focado,” Mello respondeu. Mihael saiu do apartamento, fechando a porta suavemente atrás dele. Mello ficou parado por um momento, olhando para a porta fechada. Mello sentiu um breve tremor, mas o sufocou rapidamente. Ele tinha que trabalhar. Ele tinha que se preparar para Paris. O sucesso não permitia fraquezas. Mello foi para o quarto. Ele ignorou a bagunça que ele e Mihael tinham deixado. Mello sentou-se na cama. Ele pegou o celular e abriu o e-mail de Jean-Pierre. O estilista tinha enviado fotos de cada uma das trinta e cinco trocas que Mello usaria em Paris. Mello começou a pensar obsessivamente nas roupas que usaria em Paris. Ele imaginou-se como uma ‘boneca’ nas peças de alta costura, um manequim vivo para a marca Solitare e para César Marchetti. Ele deslizou o dedo na tela, olhando para o terno de seda preta que parecia um vestido longo na parte de trás. Mello viu-se andando no baile da Solitare, sentindo a seda se mover ao redor dele. A roupa era mais do que tecido. Era uma armadura, uma declaração de que Mello pertencia ao mundo de César. Mello detalhou mentalmente as luvas chiques que Jean-Pierre tinha incluído em um dos conjuntos. As luvas eram de couro de cordeiro, finas, em um tom de cinza-pomba. Elas eram para o evento de gala no primeiro dia. Mello imaginou-se cumprimentando os diretores da Chanel, a mão enluvada, sentindo a suavidade do couro. Ele deslizou para as fotos dos pijamas luxuosos. Havia um pijama de seda branca com bordas em veludo bordô, e um roupão de cashmere que combinava. Mello notou a ironia de que as roupas de dormir pareciam trajes de festa, projetadas para serem vistas. Jean-Pierre tinha explicado que os paparazzi costumavam fotografar os convidados nos corredores do hotel, e até mesmo na varanda, e que a roupa de dormir precisava ser tão impecável quanto a roupa do dia. Mello olhou para o pijama de seda. Ele sorriu levemente. Mihael teria achado isso ridículo, mas Mello achou necessário. Ele estava se preparando para ser a extensão perfeita de César. Mello guardou o celular e deitou-se na cama. A cama parecia grande demais, mas Mello ignorou a ausência de Mihael. Ele fechou os olhos. Em vez de dormir, ele continuou a visualizar as roupas, catalogando mentalmente cada conjunto e a ocasião para a qual ele seria usado. Ele precisava estar pronto. Ele precisava ser o epítome da elegância. Ele tinha uma determinação fria para cumprir a tarefa de ser o secretário perfeito. Mello dormiu poucas horas, mas ele acordou na manhã seguinte sentindo-se animado e renovado. A visualização das roupas tinha funcionado como uma meditação, focando Mello no objetivo. Ele se levantou, tomou banho, e vestiu uma camisa social impecavelmente passada e calças de alfaiataria. Ele era a imagem da eficiência. Ele pegou a pasta com o caderno de anotações confidenciais e saiu do apartamento. Ele chamou um táxi para o escritório de César, chegando antes das oito. Mello subiu para o andar executivo. César ainda não tinha chegado, o que era incomum. Mello sentou-se em sua mesa, que ainda estava ao lado da mesa de César, e ligou o computador. Ele revisou sua lista de tarefas, que ele havia deixado no dia anterior. Pouco depois das oito, César entrou no escritório. Ele usava um terno cinza escuro, impecável. “Bom dia, Mello,” César disse. Ele parecia mais leve, mais satisfeito. “Bom dia, César,” Mello respondeu, levantando-se. César foi para a mesa e sentou-se. Ele tirou um pedaço de papel do bolso do blazer. “Eu fiz uma pequena lista para você hoje. Bem mais curta que o habitual,” César disse, entregando o papel para Mello. Mello pegou o papel. Havia apenas três itens. 1. Confirmar o voo para Paris. 2. Ligar para o motorista para a agenda do dia. 3. Almoço. Mello levantou o olhar para César, surpreso. Ele estava acostumado a ter uma lista que ocupava a página inteira. “O que mais, César? O que está faltando?” Mello perguntou. César sorriu, um sorriso genuíno que Mello raramente via. “Não está faltando nada, Mello. Nós passaremos o dia inteiro fora do escritório,” César explicou. “Você não precisa se preocupar com e-mails ou com o terceiro andar. Você vem comigo. O trabalho hoje é focado na imagem, não na burocracia.” Mello sentiu a adrenalina da nova tarefa. A proximidade com César havia retornado, e agora Mello seria levado para fora, para o campo de batalha da imagem pública. “Eu entendo, César. O que faremos fora do escritório?” Mello perguntou. Ele pegou o celular para ligar para o motorista. “Nós começaremos com uma visita a Jean-Pierre. Ele pediu para você me acompanhar nas minhas provas de roupa,” César disse. “Ele quer que você opine sobre as escolhas de tecido e corte. Ele disse que você tem ‘olho’.” Mello assentiu. Jean-Pierre havia gostado do Mello. O estilista via Mello como um aliado estético, e César estava capitalizando isso. “Além disso, a Chanel solicitou a minha presença na loja principal para discutir a coleção de acessórios para a Mostra. Você estará comigo,” César continuou. “E eu tenho quatro reuniões de negócios agendadas em diferentes locais da cidade. Você fará a ponte entre as reuniões e o motorista.” Mello rapidamente ligou para o motorista, confirmando o itinerário. O motorista respondeu que estaria pronto em dez minutos. Mello desligou o telefone. “O motorista estará aqui em dez minutos, César.” “Excelente. Vá pegar a sua pasta. E traga o caderno. Eu posso precisar de você para tomar notas detalhadas nas reuniões,” César instruiu. Mello pegou a pasta e o caderno. Ele estava pronto. Eles desceram para a rua e entraram no carro preto de César. O motorista dirigiu pela Quinta Avenida em direção ao ateliê de Jean-Pierre. A primeira parada foi o ateliê. Jean-Pierre recebeu César com a mesma efusividade que havia demonstrado a Mello. “César. Mello. Perfeito. Eu preciso da opinião dele sobre o corte do blazer de gala,” Jean-Pierre disse, gesticulando para um manequim vestindo um blazer de veludo azul-marinho. César tirou o casaco e foi para o provador. Mello ficou ao lado de Jean-Pierre, observando o blazer no manequim. “O corte é elegante, Jean-Pierre. Mas o ombro parece um pouco largo demais para César. Ele tem uma estrutura mais angular,” Mello comentou, lembrando-se das observações que havia feito sobre a estrutura corporal de César. Jean-Pierre sorriu, satisfeito. “Exatamente! Ele é um ‘A’ angulado. Eu estava esperando que você notasse. César insiste que o ombro precisa de mais ‘poder’, mas eu acho que o poder está na precisão.” César saiu do provador, vestindo o blazer. Ele se virou na frente do espelho. “O que você achou, Mello?” César perguntou. “O tecido é magnífico, César. Mas o ombro poderia ser ajustado para ser mais preciso. Você não precisa de ‘poder’ extra no ombro. Sua presença já carrega o poder,” Mello disse, repetindo as palavras de Jean-Pierre, mas adaptando-as para César. César olhou para o espelho, considerando a observação. “Jean-Pierre, ajuste o ombro. Mello está certo. Eu não preciso de mais ‘poder’. Eu preciso de precisão,” César disse. Jean-Pierre assentiu, dando uma piscadela para Mello. Mello passou a próxima hora no ateliê, ajudando César com as provas. Ele tomou notas sobre os ajustes e os tecidos, garantindo que o guarda-roupa de César fosse tão impecável quanto o dele. A colaboração entre César, Jean-Pierre e Mello era fluida. Mello se sentia útil e valorizado. Eles saíram do ateliê e seguiram para a loja principal da Chanel. A loja era um palácio de mármore e vidro. A gerente de vendas, uma mulher elegante com um corte de cabelo impecável, os recebeu. “Senhor Marchetti, é uma honra. E este deve ser Mello,” a gerente disse, estendendo a mão para Mello. Mello apertou a mão dela. “Prazer.” Eles foram conduzidos para uma sala privada. Havia acessórios, joias e bolsas de couro em exposição. César e a gerente discutiram os detalhes da parceria para a Mostra de Moda. Mello ficou quieto, tomando notas sobre os acordos de patrocínio e a visibilidade da marca. César olhou para Mello em um momento. “Mello, o que você acha dos detalhes da pulseira?” César perguntou, apontando para uma pulseira de ouro branco com diamantes. Mello olhou para a pulseira. “É elegante, César. Mas talvez seja um pouco demais. A Chanel deve focar na sutileza. Uma peça de relógio mais discreta faria mais sentido para a Solitare.” César olhou para a gerente. “Mello está certo. Vamos com o relógio de pulso que discutimos ontem. Menos é mais, especialmente em Paris.” A gerente anotou a mudança, olhando para Mello com respeito. Mello havia tomado uma decisão de negócios que afetava um patrocínio multimilionário. Eles deixaram a Chanel. O motorista os esperava na porta. O restante da manhã foi preenchido com as quatro reuniões de negócios em diferentes locais da cidade. A primeira reunião foi em um escritório de advocacia no centro de Manhattan, discutindo uma questão de propriedade intelectual com o Conselho da Solitare. Mello sentou-se ao lado de César, tomando notas sobre os riscos legais. Ele usou o conhecimento que tinha adquirido ao revisar os documentos confidenciais para entender as nuances da conversa. A segunda reunião foi em um restaurante de luxo, com o editor-chefe de uma revista concorrente. A reunião era sobre uma possível colaboração em um evento de caridade. Mello observou a dinâmica de poder entre César e o editor, notando como César usava o silêncio para dominar a conversa. A terceira reunião foi no escritório da Solitare, mas em um andar diferente, com a equipe de marketing. Eles discutiram a estratégia de mídia social para a Mostra de Moda. Mello contribuiu com sugestões concisas sobre a otimização do conteúdo visual, baseando-se em sua pesquisa sobre o mercado. A quarta reunião foi em um café, com um fotógrafo renomado que César queria contratar para uma nova campanha. Mello negociou os detalhes do contrato, garantindo que o fotógrafo concordasse com as cláusulas de uso de imagem da Solitare. Mello estava exausto, mas a exaustão era de produtividade. Ele estava operando no nível mais alto de eficiência. Às cinco da tarde, eles voltaram para o carro. César estava satisfeito. “Um dia muito produtivo, Mello. Você foi indispensável em todas as reuniões,” César disse. Mello sentiu o elogio. Ele estava fazendo exatamente o que César esperava. “Obrigado, César. Eu estou feliz por ter ajudado,” Mello respondeu. O carro parou em frente ao prédio da Solitare. “Mello, eu tenho um compromisso de jantar. É uma reunião de negócios com uma diretora de outra revista de moda. É importante. Eu quero que você me acompanhe,” César disse. Mello olhou para o relógio. Já era tarde. Ele não tinha mais nada planejado para a noite, mas o convite de César para um jantar de negócios era um passo significativo. “Eu prontamente aceito, César. Eu só preciso ir ao meu apartamento e trocar de roupa,” Mello disse. Ele estava vestindo roupas do dia, e o jantar de negócios exigia um traje mais formal. “Não. Você não tem tempo. Você está perfeito. A diretora não se importa com formalidades. Apenas a sua presença é necessária,” César disse. “Nós vamos direto para o restaurante. É no centro.” Mello assentiu. Ele confiou no julgamento de César. Se César dizia que ele estava ‘perfeito’, então ele estava. O motorista dirigiu para o restaurante. Era um lugar famoso, conhecido por ser um ponto de encontro de celebridades e executivos de moda. O restaurante tinha uma fachada de vidro e uma fila de carros caros estacionados na rua. Quando o carro parou, César e Mello desceram. Imediatamente, eles foram cercados por jornalistas e paparazzi. Os flashes das câmeras iluminaram a rua. Os jornalistas gritavam perguntas sobre a Mostra de Moda, sobre a Solitare, e, inevitavelmente, sobre o relacionamento deles. “César, Mello, vocês estão em um relacionamento? O que a Solitare diz sobre os rumores?” um jornalista gritou. “Mello, o que você acha do seu novo guarda-roupa de Paris?” outro perguntou, mostrando que a imprensa já estava ciente dos preparativos de Mello. César colocou a mão no ombro de Mello e guiou Mello pela multidão. “Sem comentários,” César disse, a voz dele era firme. Mello manteve a calma, usando o foco que César havia ensinado. Ele olhou para frente, ignorando os flashes e as perguntas. A presença de César ao lado dele era uma barreira contra o caos. Eles entraram no restaurante. O maitre d’ os levou para uma mesa no canto, que oferecia alguma privacidade. A mesa já estava ocupada por uma mulher elegante, de cabelos grisalhos e um sorriso caloroso. Ela usava um vestido de seda azul-marinho e joias discretas. Ela era a epítome da sofisticação. César sorriu ao ver a mulher. “Mãe. É um prazer,” César disse, beijando o rosto da mulher. Mello parou. Mãe? César se virou para Mello. “Mello, esta é minha mãe, Madame Odette Marchetti. Ela é a diretora executiva da *La Vie Élégante*,” César disse, fazendo uma apresentação formal. “Mãe, este é Mello. Meu secretário e representante principal, que estará comigo em Paris.” Mello estendeu a mão para Odette Marchetti, a surpresa ainda estava no rosto dele. “Madame Marchetti, é um prazer conhecê-la,” Mello disse. Odette apertou a mão de Mello, o aperto dela era firme e acolhedor. “O prazer é meu, Mello. César me fala muito sobre você,” Odette disse. Ela gesticulou para a cadeira ao lado dela. “Por favor, sente-se. Eu quero ouvir tudo sobre o seu trabalho.” Mello sentou-se na cadeira, sentindo a mudança de cenário. Ele estava em um jantar de negócios, mas a diretora da revista concorrente era a mãe de César. A confidencialidade e a discrição eram ainda mais importantes. Ele estava no centro do universo de César Marchetti.

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