## Capítulo 6: O Preço do Foco
Mello revisava a cláusula de confidencialidade, a mente clara.
“César, a cláusula de uso de imagem precisa ser revisada. O agente dela está tentando incluir uma limitação de tempo que não é padrão para a Solitare,” Mello disse, com a voz firme.
César abaixou o jornal. “Ótimo. Corrija isso. E Mello,” César disse.
Mello olhou para César.
“O sucesso é um jogo de um jogador,” César disse. Ele levantou o jornal novamente, voltando a ler.
Mello voltou para o contrato, sentindo-se já exausto, mas com uma determinação fria. Ele não podia parar agora. Ele estava livre para ser o secretário perfeito. Ele iria para Paris.
Mello trabalhou intensamente nos detalhes do contrato de Ava Jones. Ele revisou as cláusulas de imagem, garantindo que a Solitare mantivesse os direitos de uso de longo prazo. Ele sabia que César esperava que ele não apenas corrigisse o erro, mas também o fizesse sem a necessidade de supervisão. Mello comparou o contrato com os modelos anteriores da Solitare que tinha arquivado no sistema. Ele encontrou a linguagem jurídica exata que a empresa preferia usar em acordos de alto nível.
Mello digitou as revisões diretamente no documento digital, adicionando comentários concisos para César. Ele pensava nas palavras de Mihael sobre ter se tornado o secretário perfeito de César Marchetti. Mihael tinha visto a dedicação de Mello como uma falha, mas César via como uma virtude. Mello decidiu que a aprovação de César era o que importava agora. Mihael tinha escolhido a vida pessoal. Mello escolhia a carreira.
Ele imprimiu a versão revisada do contrato e caminhou até a mesa de César. Ele colocou o papel na frente de César.
“Eu fiz as revisões na cláusula de imagem. Está em negrito. É a linguagem padrão da Solitare, que o agente de Ava Jones estava tentando evitar,” Mello disse.
César tirou os óculos de leitura e olhou para o documento. Ele leu as anotações de Mello, movendo os olhos rapidamente pela página.
“Perfeito. Envie para o departamento jurídico e peça que eles finalizem o contrato. Diga a eles que eu preciso disso assinado antes do meio-dia,” César instruiu.
Mello voltou para a sua mesa, enviando o e-mail para o departamento jurídico. Ele copiava Teresa, a editora de moda, no e-mail, garantindo que todos estivessem a par da situação.
Ele verificou o segundo item da lista: *Organizar a agenda da reunião do Conselho de Investidores da próxima semana.* Mello abriu o calendário de César. Ele já havia pré-agendado a maioria dos compromissos, mas precisava confirmar os horários com os membros do Conselho. Ele começou a enviar e-mails de confirmação.
César observava Mello. Ele estava sentado à mesa, mas não estava lendo o jornal. Ele estava olhando para Mello trabalhar, avaliando a nova energia e o foco.
A sala ficou em silêncio, apenas com o som suave das teclas de Mello e os e-mails sendo enviados. Mello trabalhava com uma velocidade e precisão que superavam o que ele havia alcançado nos primeiros dias. O medo de perder o emprego e a dor de Mihael tinham se transformado em um motor de eficiência.
Mello terminou de organizar a agenda. Ele imprimiu o resumo e colocou-o na mesa de César.
“Agenda do Conselho organizada. Confirmações enviadas. As reuniões estão confirmadas para quarta e quinta-feira,” Mello informou.
César pegou o papel. “Muito bom. Você está à frente do cronograma. O que mais?”
Mello olhou para a lista: *Revisar o orçamento da campanha de dezembro.*
“O próximo item é a revisão do orçamento da campanha de dezembro,” Mello disse. “Eu posso fazer isso no terceiro andar, onde tenho acesso aos arquivos de orçamentos anteriores.”
César balançou a cabeça. “Não. Fique aqui. Eu quero que você faça isso aqui. Eu preciso de você no circuito.”
Mello sentou-se novamente, abrindo a planilha de orçamento. O trabalho era complexo, envolvendo a alocação de milhões de dólares para fotos, modelos e locações. Ele começou a analisar os números, procurando por discrepâncias ou excessos. Ele pensava em como Mihael teria odiado essa atenção total aos detalhes financeiros, mas Mello sentia uma satisfação estranha ao encontrar a lógica por trás dos gastos.
Mello identificou uma alocação excessiva para a locação de um estúdio em Los Angeles. Ele comparou o preço com o estúdio de Nova York que a Solitare usava frequentemente.
“César,” Mello chamou. “A locação do estúdio em Los Angeles está vinte por cento acima do nosso teto. O estúdio de Nova York é comparável em qualidade e custa menos. Posso sugerir uma mudança?”
César levantou a cabeça. “Você já fez isso. Ligue para a editora de fotografia e diga a ela para mudar para o estúdio de Nova York. Diga que é uma ordem minha. E faça os ajustes no orçamento.”
Mello pegou o telefone, ligando para a editora de fotografia. A editora reclamou um pouco sobre a logística, mas Mello usou o nome de César e a urgência do prazo para convencê-la a fazer a mudança imediatamente. Mello ajustou a planilha, economizando uma quantia significativa de dinheiro para a Solitare.
Ele colocou a planilha revisada na mesa de César. César olhou para os números.
“Vinte por cento a menos. Bom trabalho, Mello,” César disse. Ele estava sorrindo de forma sutil. “Você está demonstrando um foco que eu não via antes.”
Mello sentiu o elogio. Ele estava trabalhando mais rápido, mais inteligente, e com uma dedicação total. A dor de Mihael estava sendo canalizada para a eficiência. Ele era o aliado essencial que César precisava.
César fez um gesto para Mello se sentar na cadeira ao lado da mesa de César.
“Mello, eu quero falar sobre Paris,” César começou. Mello sentou-se, prestando atenção.
César olhou para Mello com seriedade. “A Mostra de Moda é mais do que apenas um evento de moda. É um palco. É onde a Solitare mostra o seu poder. E você estará ao meu lado, como meu representante e secretário principal.”
Mello assentiu. “Eu entendo a importância, César.”
“Ótimo. Eu confio em você, Mello. Você provou ser indispensável,” César disse. Ele fez uma pausa. “E é por isso que eu preciso que você lide com algo que é de natureza altamente confidencial.”
César caminhou até o cofre atrás da sua mesa. Ele girou o dial, abrindo o cofre com um clique. Ele tirou uma pasta grossa, de papel manila, sem identificação. Ele colocou a pasta na mesa, mas não a abriu.
“Você sabe que a Solitare é uma empresa de capital aberto. E você sabe que o Conselho de Investidores é composto por abutres,” César disse. Ele pegou a pasta. “Esta pasta contém documentos financeiros sensíveis. Não são ilegais, mas se caírem nas mãos erradas, podem causar uma queda no preço das ações e problemas para mim.”
Mello engoliu em seco. Ele sabia que César tinha segredos, mas nunca pensou que estaria envolvido na manipulação de documentos financeiros sensíveis.
“O que eu preciso fazer com eles, César?” Mello perguntou.
“Eu preciso que você revise cada documento, organize-os em ordem cronológica e crie um resumo de cada um,” César explicou. “Eu preciso ter certeza de que, se o Conselho ou a imprensa levantar alguma questão, eu tenha a resposta imediata. Eu não confio em mais ninguém para fazer isso. O departamento financeiro é um ninho de fofocas.”
César empurrou a pasta para Mello. Mello colocou a mão sobre a pasta, sentindo o peso da responsabilidade e o risco.
“É uma tarefa de alto risco, Mello. Você não pode falar sobre isso com ninguém. Não use o e-mail da empresa. Não use o terceiro andar. Você fará isso aqui, na minha sala, depois que eu sair,” César disse. “Eu estarei fora em uma reunião de almoço, e você terá três horas de silêncio.”
César olhou Mello nos olhos. “Eu estou testando sua lealdade. Eu estou testando seu foco. Se você falhar, não será apenas o seu emprego que estará em risco. Será a minha carreira, e a Solitare.”
Mello não hesitou. Ele sentiu a adrenalina da confiança de César. Mihael tinha chamado a dedicação de Mello de obsessão, mas César chamava de lealdade.
“Eu farei isso, César. Você pode confiar em mim,” Mello afirmou.
César sorriu, um sorriso de satisfação fria. “Eu sei que posso. Você é o único que entende que o sucesso exige discrição absoluta. Se alguém perguntar, você está no terceiro andar organizando os arquivos antigos. Você tem as chaves do meu escritório.”
César se levantou. Ele vestiu o blazer. “Eu volto às duas. A pasta deve estar no cofre e trancada antes que eu chegue.”
César saiu do escritório, fechando a porta atrás dele. Mello estava sozinho na sala. O silêncio era opressor, mas Mello sentia o poder da tarefa. Ele pegou a pasta e a levou para a sua mesa, que ainda estava ao lado da mesa de César.
Mello abriu a pasta. Ele viu planilhas, memorandos e comunicações internas sobre investimentos questionáveis. Ele começou a ler o primeiro documento, mergulhando nos números e na linguagem jurídica. Ele se concentrava em cada palavra, determinado a entender a lógica por trás das finanças de César.
Ele trabalhou por três horas sem parar. Ele não checou o celular, não pensou em Mihael. Ele estava imerso no universo de César Marchetti, no lado sombrio do sucesso da Solitare.
Mello organizou os documentos em pilhas cronológicas e escreveu um resumo conciso de cada um em um caderno que ele havia trazido. O resumo incluía os riscos e as datas-chave. Ele pensava em como esse trabalho era muito mais importante do que qualquer tarefa que Lucca, o primo de César, pudesse ter para ele no terceiro andar.
À uma e quarenta e cinco, Mello terminou. Ele colocou os documentos de volta na pasta, e o caderno com os resumos. Ele caminhou até o cofre e girou o dial, abrindo-o. Ele colocou a pasta dentro e trancou o cofre, girando o dial.
Mello voltou para a sua mesa, arrumando os papéis de César. Ele limpou a área, garantindo que não havia evidências do seu trabalho confidencial.
César voltou às duas em ponto. Ele encontrou Mello sentado à sua mesa, trabalhando no próximo item da lista de tarefas, *Agendar a ligação com o advogado de Nova York.*
César tirou o casaco. Ele olhou para o cofre. “Tudo certo?”
“Sim, César. Os documentos estão organizados e trancados. Eu tenho o resumo no meu caderno, que eu vou guardar em um lugar seguro,” Mello respondeu, a voz dele estava calma.
César assentiu. “Bom. Muito bom, Mello. Você passou no teste.”
Mello sentiu um alívio e uma satisfação profunda. Ele tinha sacrificado Mihael, mas tinha ganhado a confiança total de César. A solidão era o preço do sucesso.
O resto da tarde passou rapidamente. Mello continuou a trabalhar na sala de César, executando as tarefas com precisão. César permitiu que Mello ficasse, dispensando a regra do terceiro andar. Mello se sentia em seu lugar, ao lado de César.
Às cinco e meia, César olhou para Mello. “Você está dispensado. Vá para a prova de roupa. Eu preciso que você esteja apresentável em Paris. E Mello,” César disse.
Mello parou. “Sim, César?”
“Não se preocupe com a dor. Use-a. Ela vai te manter focado. Mihael era um peso morto,” César disse.
Mello assentiu. “Eu entendi, César. Eu vou usar a dor.”
Mello pegou sua pasta e saiu do escritório. Ele desceu para a rua e chamou um táxi para o ateliê de Jean-Pierre, no centro de Manhattan.
O táxi levou Mello para o endereço. O ateliê de Jean-Pierre ficava em um prédio antigo e elegante, com janelas que exibiam manequins vestidos com criações de alta costura. Mello desceu do táxi, sentindo o nervosismo. Ele estava prestes a vestir seu novo status.
Ele entrou no ateliê. O interior era minimalista, com paredes brancas e luzes suaves. Pierre, o assistente de Jean-Pierre, o recebeu. Pierre era um homem jovem e magro, com um sorriso educado.
“Mello. Jean-Pierre está esperando por você. A segunda prova,” Pierre disse, estendendo a mão para cumprimentar Mello.
Mello apertou a mão de Pierre. “Obrigado.”
Pierre conduziu Mello para uma sala de prova grande, com espelhos do chão ao teto. Jean-Pierre estava lá, observando uma pilha de roupas em uma mesa de vidro.
Jean-Pierre se virou. Ele usava óculos de armação grossa e um casaco de linho.
“Mello. Finalmente. Você está a duas semanas de Paris. Eu tenho o seu guarda-roupa pronto,” Jean-Pierre disse, com um sotaque francês carregado. Ele gesticulou para a mesa.
Mello olhou para a pilha de roupas. Havia ternos, casacos, e peças de alta costura, todas embaladas em capas de seda.
“É muita roupa,” Mello comentou.
“Trinta e cinco. Para sete dias,” Jean-Pierre disse, com orgulho. “Cinco trocas por dia. Manhã, tarde, noite, baile ou mostra, e a roupa de dormir. César quer que você seja o epítome da elegância. E, mais importante, a Solitare quer que você seja fotografado.”
Mello ficou atordoado com o número. Cinco trocas por dia. Isso era um cronograma mais apertado do que o trabalho de secretário.
“Fotografado?” Mello perguntou.
“Sim. A Solitare publica um ‘Livro de História’ anual. Documentamos os eventos mais importantes, e a Mostra de Moda é o ápice,” Jean-Pierre explicou. “E a imprensa estará em cima de você. Você estará ao lado de César Marchetti. Você é a história agora.”
Mello sentiu a pressão. Ele não era apenas um secretário; ele era uma extensão da marca Solitare. Ele seria o alvo dos paparazzi que tinham destruído seu relacionamento com Mihael. Mas agora, Mihael tinha ido embora. A exposição era o custo, e Mello estava disposto a pagar.
“Eu entendo,” Mello disse. “Eu preciso ter a aparência perfeita.”
“Exatamente. E eu criei algo especial para você,” Jean-Pierre disse. Ele gesticulou para a primeira peça. “Eu estudei sua estrutura, Mello. Você tem uma estrutura corporal magra e elegante, mas com uma suavidade que a maioria dos homens não tem. Você não é um manequim. Você é uma tela.”
Jean-Pierre começou a explicar o conceito do guarda-roupa.
“Eu evitei a alfaiataria rígida. Nós usamos tecidos mais fluidos, sedas e cashmere. Eu trabalhei em torno da ideia de feminilidade e delicadeza, mas em um contexto de alta moda masculina,” Jean-Pierre disse. “Muitas das peças são inspiradas em uma coleção de 83 da Chanel, baseada na coleção de bonecas da filha de um dos diretores fundadores da Solitare. Ela era conhecida por sua androginia elegante.”
Mello estava intrigado. Ele sempre tinha preferido roupas mais discretas, mas a ideia de vestir um conceito que desafiava o masculino tradicional o excitava.
“Eu quero que você prove as roupas de noite primeiro. O baile da Solitare é o evento mais importante,” Jean-Pierre disse.
Pierre pegou o primeiro conjunto de roupas. Era um terno de seda preta, mas a jaqueta não tinha lapelas e era cortada de forma a parecer um vestido longo na parte de trás.
Mello entrou no provador. Ele tirou as roupas do dia, vestindo o terno de seda. O tecido era leve e fresco contra a pele. Ele saiu, caminhando até o espelho.
O terno era impecável. Ele fazia Mello parecer mais alto, mais elegante. A cauda da jaqueta se movia quando ele andava, dando uma fluidez que Mello nunca tinha experimentado em um terno.
Jean-Pierre olhou para Mello, um sorriso de satisfação. “Magnifique. Você carrega a roupa, Mello. Você não a veste. É uma diferença crucial.”
“É incrível,” Mello disse. Ele girou na frente do espelho, observando a roupa. Ele pensava em Mihael. Se Mihael estivesse ali, Mihael teria ficado com ciúmes, mas Mello estava determinado a não se importar mais.
Pierre trouxe o próximo conjunto. Era um casaco de cashmere longo, azul-marinho, com detalhes em veludo nos punhos.
“Este é para o primeiro dia de Mostra. Você precisa de calor, mas com o impacto visual,” Jean-Pierre disse.
Mello vestiu o casaco. Ele se sentia poderoso e sofisticado. A roupa era a armadura de seu novo status.
Mello passou pela rotina de provar as roupas. Eram blusas de seda em tons pastel, calças de lã finas, e casacos de cortes inovadores. Cada peça era uma obra de arte. Jean-Pierre ajustava os detalhes, garantindo que o caimento fosse perfeito.
Jean-Pierre observava Mello, movendo a cabeça em satisfação. Ele via que Mello estava absorvendo a transformação, internalizando o papel que César havia criado para ele.
“Você está pronto, Mello. As roupas estarão prontas para o transporte amanhã. O motorista levará para o seu apartamento,” Jean-Pierre disse.
“Eu vou levá-las para o terceiro andar, na Solitare. Eu não quero que Mihael veja,” Mello disse, antes de pensar.
Jean-Pierre franziu a testa. “Mihael? O namorado?”
Mello sentiu um frio. Ele não deveria ter falado sobre Mihael.
“Nós terminamos. Ele não conseguiu lidar com o meu trabalho. Mas eu não quero que ele veja as malas,” Mello explicou.
Jean-Pierre sorriu. “Ah. Entendo. O sucesso tem um custo, Mello. Eu avisei. Mas, se ele não está à altura do seu novo status, é a perda dele. Você é um diamante agora.”
Jean-Pierre deu de ombros. “Pierre, organize para que as malas sejam levadas para o terceiro andar, para Lucca. Mello precisa estar focado.”
Mello sentiu o apoio de Jean-Pierre, a validação de que o sacrifício tinha valido a pena.
Mello terminou de se vestir com as roupas que tinha vindo. Ele pegou o blazer.
Jean-Pierre caminhou até Mello, tocando o ombro de Mello.
“Você é um diamante, Mello. Use isso em Paris. Você vai brilhar,” Jean-Pierre disse.
Mello saiu do ateliê, caminhando para a rua. Ele se sentia diferente, mais leve, apesar da exaustão. Ele tinha seu uniforme de sucesso, e tinha a aprovação de César. Ele tinha perdido Mihael, mas tinha ganhado Paris.
Mello chamou outro táxi. Ele olhou para o endereço da Solitare. Ele tinha que voltar para o terceiro andar para trabalhar no resumo dos documentos confidenciais. Ele tinha que provar a César que a lealdade dele era inabalável.
O táxi o levou para o prédio. Ele subiu para o terceiro andar. A sala estava silenciosa. Lucca já tinha ido embora. Mello sentou-se à sua mesa, abrindo o caderno. Ele começou a revisar os resumos que tinha feito dos documentos financeiros.
Ele trabalhou por mais duas horas, até que o silêncio do prédio se tornou pesado. Ele estava sozinho. A solidão era o preço.
Mello fechou o caderno, guardando-o na pasta. Ele tinha feito tudo o que César havia pedido. Ele estava pronto para Paris.
Ele se levantou da cadeira. Ele olhou para a mesa, sentindo a determinação fria. Ele era o secretário perfeito.
Ele pegou sua pasta e saiu do terceiro andar, indo para o elevador. Ele tinha um dia de trabalho intenso pela frente, e ele estava pronto para enfrentar a solidão e o sucesso.
Ele apertou o botão para o térreo. A porta do elevador se abriu, e Mello entrou, sentindo-se a um passo de Paris, a um passo do reconhecimento total de César Marchetti.
Ele iria para Paris, e ele faria isso sozinho.
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