## Capítulo 10: O Contato é o Sono
Matt tinha acabado de explicar ao Rei que sua presença era uma prescrição para o sono de Randal. A ideia era que Matt funcionaria como um substituto moral para a vigilância constante do Rei, permitindo que a mente de Randal se acalmasse. Randal estava processando isso. Ele pegou o pergaminho sobre a mesa e dobrou-o lentamente, colocando-o de volta na pilha de documentos. Ele parecia ter tomado uma decisão.
“Você me deu uma resposta para Valerius e um diagnóstico para a minha insônia,” Randal disse, e ele não parecia mais tão desesperançoso, mas sim sobrecarregado por uma nova tarefa. “Eu vou considerar o imposto sobre a nobreza. Vai ser uma batalha política, mas é a única opção que preserva a dignidade do meu povo.”
Matt apenas acenou com a cabeça. Ele não precisava de elogios. A sua parte na conversa estava terminada.
“Sobre o sono,” Randal continuou, e ele se aproximou da lareira apagada, colocando uma mão sobre a pedra fria. “Eu não sei como parar de lutar, Matt. É mais fácil para você, um andarilho que não tem um reino para defender. Você não precisa de se preocupar com a logística dos grãos ou com a lealdade dos generais.”
Randal estava a racionalizar novamente, usando a sua posição como um escudo.
“O senhor está a esquecer o que eu lhe disse sobre a inutilidade,” Matt respondeu, e ele se levantou da cadeira. “A sua mente não vai parar se o senhor estiver a tentar parar. Ela só vai parar quando o senhor a enganar, convencendo-a de que a vigilância é desnecessária. E isso começa com um ato de fé na sua própria capacidade de ser apenas um homem.”
Matt começou a caminhar em direção à porta. A conversa tinha se estendido por tempo demais.
“A fé não é uma ciência, Matt,” Randal argumentou, e ele estava a lutar contra o conceito. “Eu lido com fatos e evidências. Onde está a evidência de que se eu dormir, o Reino não vai desabar?”
Matt parou na porta, e ele se virou para encarar o Rei.
“A evidência está em todos os reinos que sobreviveram a reis que dormiam, Randal. O problema não é o seu sono, é a sua arrogância,” Matt afirmou. “O senhor acredita que é insubstituível. E essa crença está a matá-lo, e a impedir que o senhor seja um Rei eficaz para Luther.”
A palavra “arrogância” atingiu Randal de uma forma que a palavra “desesperança” não tinha atingido. Randal ficou em silêncio por um longo momento, processando a crítica.
“Vá dormir, Matt,” Randal disse finalmente, e ele se virou de costas, voltando a olhar para a lareira. “Eu tenho muito para pensar sobre o que você disse.”
Matt saiu do escritório, e o guarda fechou a porta atrás dele. Os corredores estavam escuros, apenas com a iluminação fraca das tochas. Matt seguiu de volta para a ala de serviço, onde o seu quarto ficava ao lado do quarto de Luther. Ele parou um momento na frente da porta de Luther, ouvindo o silêncio. Ele esperava que a conversa de Randal com ele não fosse muito tensa, mas ele duvidava que o Rei tivesse a energia emocional para uma conversa profunda sobre afeto naquele momento.
Matt entrou no seu próprio quarto. Era um quarto pequeno, com uma cama simples, uma mesa de madeira e um pequeno armário. Era um luxo comparado aos becos, mas Matt não se importava com o conforto material. Ele tirou as roupas que Lena tinha lhe dado, dobrando-as cuidadosamente, e ele se deitou na cama.
Ele pensou no dilema do imposto. A nobreza não aceitaria a taxação facilmente, mas Randal tinha a justificação moral da segurança do reino. Matt percebia que a sua presença no castelo não seria breve. Ele estava agora inserido no conflito político, querendo ou não, e o seu papel de filósofo passivo tinha se tornado o de conselheiro moral ativo. Ele pensou que Valerius tinha razão em vê-lo como uma ameaça.
Matt fechou os olhos, e o cansaço das longas conversas e da tensão daquele dia finalmente o atingiu. Ele dormiu quase instantaneamente.
Enquanto Matt dormia profundamente, Randal permaneceu no seu escritório. Ele não conseguia se concentrar nos pergaminhos. As palavras de Matt – arrogância, desesperança, inutilidade – ecoavam na sua mente. Ele tentou reler o relatório financeiro, mas os números pareciam desfocados. A ideia de taxar a nobreza era tentadora, mas o risco de paralisar o governo era real. Ele precisava de coragem, mas ele estava exausto.
Randal se levantou, e ele começou a andar pela sala novamente, mas desta vez o seu passo estava mais lento. Ele olhou para a sua imagem refletida na janela escura. Ele viu os seus olhos normais, os que pareciam cansados, e ele esfregou a testa, sentindo o peso da coroa, mesmo que não a estivesse a usar.
Ele pensou na sugestão de Matt sobre o conforto. Ele precisava de encontrar a inutilidade, mas a sua mente estava programada para a utilidade extrema.
Randal tentou forçar o sono. Ele foi para o seu quarto principal, uma câmara luxuosa que parecia mais um museu do que um lugar para descansar. Ele deitou-se na cama macia, fechando os olhos de cima com uma determinação que era, por si só, uma luta.
Ele ficou deitado por uma hora, talvez duas. O silêncio da noite era opressor, e cada pequeno ruído no castelo parecia amplificado. A sua mente estava a rever todos os documentos que precisava de assinar, todas as cartas que precisava de responder, todas as ameaças nas fronteiras.
A luta mental estava a tornar o seu corpo tenso. Ele se revirou na cama, procurando uma posição que o fizesse desligar, mas não encontrou nenhuma. Ele podia sentir a energia nervosa a percorrer os seus braços e pernas.
Randal finalmente se sentou na cama, frustrado. Ele sabia que o sono não viria daquela forma. Ele precisava de uma distração, ou de uma intervenção. Ele pensou em Matt, o homem que dormia em becos e sob figueiras, o homem que tinha a chave para o descanso.
Ele se levantou da cama e vestiu um roupão simples, mas quente. Ele saiu do seu quarto, caminhando pelos corredores silenciosos. Ele estava a ir para a ala de serviço, onde Matt estava hospedado. A sua mente estava a operar numa lógica peculiar: se Matt era o seu “substituto moral” para a vigília, então a proximidade física dele talvez pudesse induzir o conforto. Era um pensamento irracional para um cientista, mas Randal estava desesperado.
Ele chegou à ala de serviço e encontrou o quarto de Matt. A porta era simples, sem os ornamentos das portas da nobreza. Randal hesitou por um momento. Ele, o Rei, estava prestes a acordar um andarilho para pedir-lhe ajuda para dormir. A ironia era profunda, mas a necessidade era maior.
Randal bateu suavemente na porta. Nenhum som veio de dentro. Ele bateu um pouco mais forte.
“Matt?” Randal chamou em voz baixa.
Ainda silêncio.
Randal abriu a porta devagar e espiou para dentro. O quarto estava escuro, mas a luz fraca de uma tocha no corredor permitia que ele visse a figura de Matt deitada na cama. Matt estava deitado de lado, completamente imóvel. Ele estava a dormir.
Randal olhou para Matt, e uma pontada de inveja percorreu-o. Aquele homem não tinha posses, não tinha um reino, mas ele possuía a paz. Randal não conseguia imaginar a sensação de adormecer tão facilmente, sem a luta interna.
Randal entrou no quarto, fechando a porta atrás de si. Ele se aproximou da cama e observou Matt. A serenidade no rosto do filósofo era notável. Randal percebeu que Matt não estava a fingir, e ele não estava a lutar contra o mundo, porque ele tinha aceitado a sua posição nele.
Randal tocou o ombro de Matt, suavemente, mas com firmeza.
Matt resmungou e se virou, mas não acordou completamente.
Randal tocou novamente, desta vez mais insistentemente.
“Matt. Acorde. Eu preciso de você,” Randal sussurrou.
Matt abriu os olhos lentamente. Demorou um momento para ele se orientar e reconhecer Randal, o Rei, parado ao lado da sua cama no meio da noite.
“Randal? O que aconteceu? As fronteiras cederam?” Matt perguntou, a sua voz ainda pesada de sono.
“Não, nada de tão dramático,” Randal respondeu, e ele estava a tentar soar calmo, mas o seu corpo estava tenso. “Eu não consigo dormir. Eu tentei, Matt. A minha mente não desliga. É a luta que você descreveu.”
Randal estava a ser vulnerável, admitindo o seu fracasso em seguir o conselho de Matt.
Matt se sentou na cama, esfregando os olhos. Ele percebeu que a urgência de Randal era genuína.
“Eu lhe disse que eu seria o seu momento de inutilidade,” Matt disse. “O senhor veio até mim. Isso é um começo. Agora, vista o seu roupão, e vamos para o seu quarto.”
Randal ficou surpreso com a ordem de Matt, mas ele não hesitou. Ele precisava de ser guiado.
“Porquê o meu quarto?” Randal perguntou.
“Porque o conforto é a sua dívida para consigo mesmo, e o seu quarto é o único lugar neste castelo onde o senhor tem a oportunidade de ser realmente confortável, se o senhor o permitir. Aqui, o senhor é apenas um hóspede,” Matt explicou. “O senhor precisa de associar o descanso ao seu próprio espaço.”
Randal aceitou a lógica. Ele esperou Matt se levantar e colocar o roupão por cima das suas roupas de dormir. Matt estava a mover-se com a calma de alguém que tinha acabado de ser acordado de um sono perfeito.
Randal pegou no braço de Matt. Não era um gesto de afeto, mas de necessidade.
“Vamos. Eu não quero que ninguém me veja a arrastar um filósofo para o meu quarto no meio da noite,” Randal disse, e ele estava a brincar, mas a tensão era evidente.
Randal puxou Matt para fora do quarto. Eles caminharam rapidamente pelos corredores. Matt sentia o aperto da mão de Randal no seu braço, e ele percebia a energia nervosa do Rei. Randal estava a tentar apressar o processo, tratando o sono como mais uma tarefa a ser concluída.
Matt não resistiu. Ele permitiu que Randal o guiasse, observando a ansiedade do Rei. Randal era um homem de hábitos e rotinas, e a sua insônia era uma rutura total com o seu desejo de ordem.
Eles chegaram ao quarto principal de Randal. A porta se fechou silenciosamente atrás deles. A câmara era vasta e fria, mesmo com as pesadas cortinas fechadas. Havia uma cama grande com dossel, e a decoração era rica, mas austera. O conforto físico estava lá, mas o conforto emocional estava ausente.
Randal soltou Matt, e ele começou a andar de um lado para o outro.
“Eu estou aqui. O que eu faço agora?” Randal perguntou, e ele estava a olhar para Matt como se o filósofo fosse um manual de instruções.
“O senhor não faz nada. O senhor se deita. E eu vou tentar fazer com que a sua mente pare de correr,” Matt respondeu, e ele foi até a cama.
Randal obedeceu, e ele se deitou, ainda com o roupão. Ele estava deitado de costas, e os seus olhos estavam abertos, a encarar o dossel. A sua postura era rígida, e ele parecia pronto para saltar a qualquer momento.
Matt sentou-se na beira da cama, perto da cabeça de Randal. Ele estava a pensar em como induzir o “extremo conforto” que Randal precisava. A resposta não estava na ciência, mas na simplicidade.
“Eu não sou bom a contar histórias de ninar,” Matt disse. “Eu nunca contei uma. Mas eu posso lhe contar a história de como eu aprendi a dormir em qualquer lugar, o que é a essência da inutilidade.”
Randal não respondeu, mas a sua respiração estava um pouco mais lenta, indicando que ele estava a ouvir.
“Quando eu era mais jovem, eu viajei por um deserto que era vasto e implacável. Eu estava exausto, e eu tinha caminhado por dias sem descanso,” Matt começou, e ele estava a falar num tom de voz suave e monótono. “Eu estava obcecado em encontrar um oásis, um lugar seguro, e essa obsessão me impedia de descansar. Eu estava sempre a vigiar, a procurar perigos. Eu estava a lutar contra o deserto.”
Randal fechou os olhos, mas não parecia relaxado.
“Um dia, eu caí de exaustão. Eu não consegui me levantar. Eu estava no meio do nada, sob o sol implacável. E naquele momento, a luta parou,” Matt continuou. “Eu percebi que o oásis não existia, e que o perigo estava em toda a parte. E eu aceitei a minha inutilidade. Eu parei de me preocupar em sobreviver. Eu estava pronto para aceitar o meu destino.”
Matt fez uma pausa. Randal estava imóvel.
“E quando eu parei de lutar, o sono veio. Não era um sono de conforto, mas um sono de aceitação. Eu dormi por horas, e quando acordei, eu estava revigorado, não porque o ambiente tinha mudado, mas porque a minha mente tinha se rendido,” Matt explicou. “O conforto, Randal, é a rendição. É permitir que o seu corpo faça o que ele precisa, sem a interferência da sua mente.”
Matt continuou a falar, elaborando sobre a filosofia da rendição e da aceitação do momento. Ele falou sobre a liberdade de não ter responsabilidades, sobre a leveza de não ser um Rei.
Enquanto Matt falava, a sua própria voz, monótona e suave, começou a ter um efeito sobre ele. O seu dia tinha sido longo, e ele tinha gastado muita energia na conversa com Randal. A escuridão e o conforto da cama macia estavam a funcionar como um catalisador para o seu próprio cansaço.
Matt estava no meio de uma frase sobre a natureza do desapego quando a sua voz diminuiu e parou. A sua cabeça tombou ligeiramente, e ele adormeceu sentado na beira da cama de Randal. Ele tinha se esquecido completamente do seu propósito.
Randal abriu os olhos. Ele tinha ouvido a história, mas a sua mente ainda estava acelerada, analisando a metáfora do deserto e aplicando-a à sua situação. Ele estava a tentar forçar a rendição, o que era uma contradição.
Randal olhou para Matt, que estava a dormir profundamente, e ele não conseguiu evitar uma pontada de frustração. O filósofo tinha falhado na sua própria tarefa.
“Você me disse que me faria dormir, e você dormiu,” Randal sussurrou, e havia uma ironia amarga na sua voz.
Randal se levantou, e ele começou a andar pela sala novamente, a sua mente a correr mais rápido do que antes. A insônia parecia mais intensa agora, porque ele tinha tido a esperança de que Matt pudesse resolver o problema.
“Eu não vou conseguir dormir. Eu sou uma aberração. A minha mente não desliga,” Randal disse em voz alta. Ele estava a aceitar a sua condição como uma fatalidade, e a desesperança estava a regressar.
Randal foi até uma janela e puxou as cortinas. A lua estava cheia, e a luz entrava no quarto, iluminando o rosto do Rei. Ele estava a sentir o cansaço a apertar os seus olhos normais, mas a sua mente estava a rejeitar o descanso.
Ele se virou, e ele olhou para Matt, que estava sentado ali, completamente à vontade. A paz de Matt era um contraste com o caos interno de Randal.
Randal tocou a pele sob os seus olhos normais, a pele que tinha as pequenas linhas que indicavam os outros olhos. Ele estava desesperado, e ele não conseguia mais manter a fachada. Ele precisava de libertar a tensão.
Randal forçou os seus olhos de cima a ficarem completamente abertos, o que era um ato consciente de vigília e tensão extrema.
Ao fazer isso, a pele sob os seus olhos normais se esticou, e as marcas simétricas que Luther e Matt tinham notado se abriram. Dois pares de olhos, azuis e penetrantes, apareceram, olhando para Matt.
Randal não se importava que Matt visse. Ele estava além da vergonha. Ele estava a mostrar a sua anomalia biológica como uma prova de que a sua condição era real, e que o sono era impossível.
“Eu nunca vou conseguir dormir, Matt. Nunca!” Randal exclamou em voz alta, e a sua voz estava carregada de exaustão e desespero. Ele estava a gritar a sua impotência para o filósofo adormecido.
Matt estava a dormir profundamente, mas o grito de Randal, combinado com a energia nervosa e a presença súbita dos quatro olhos, o despertou.
Matt abriu os olhos, e ele viu Randal. O Rei estava parado sob a luz da lua, com os seus quatro olhos abertos, a encará-lo. A visão era chocante, não por ser assustadora, mas pela intensidade da exaustão e da vulnerabilidade que Randal estava a exibir.
Matt estava completamente acordado agora. Ele olhou para os quatro olhos, e ele viu a desesperança ali. Randal estava a usar a sua anomalia como um grito de socorro.
Matt não reagiu com medo ou surpresa. Ele reagiu com a simplicidade da sua filosofia. Ele tinha quebrado a tensão.
Matt se levantou rapidamente, e ele deu um passo em direção a Randal. O Rei estava parado, esperando uma reação de choque ou repulsa.
Em vez de falar, ou de tentar racionalizar, Matt estendeu a mão e deu três tapinhas rápidos e firmes no topo da cabeça de Randal.
Os tapinhas não eram violentos, mas eram surpreendentes. Eram o gesto mais inesperado e fisicamente íntimo que Randal tinha recebido em anos.
Randal piscou. O choque do gesto quebrou a sua tensão mental. Ele estava a gritar a sua desesperança, e Matt tinha respondido com um toque físico que era um misto de conforto paternal e repreensão.
O ato de Matt foi tão surpreendente, tão fora do contexto real, que a mente de Randal parou de lutar por um instante. A energia nervosa que ele tinha mantido por horas desmoronou.
Os quatro olhos de Randal, que estavam abertos pela tensão, começaram a piscar. A pele sob os seus olhos normais relaxou, e os olhos inferiores fecharam-se.
Randal cambaleou ligeiramente, e o cansaço que ele tinha reprimido atingiu-o como uma onda. Ele não tinha tempo para processar o que tinha acontecido. O seu corpo, que tinha sido negado ao descanso, aproveitou a rendição momentânea da sua mente.
Randal caiu para trás, diretamente sobre a cama, sem se importar com a posição. Ele estava a dormir. Profundamente. Os seus olhos normais estavam fechados, e a sua respiração era regular e pesada.
Matt olhou para o Rei, que estava a dormir como um tronco. A sua reação instintiva tinha funcionado. Ele tinha forçado a rendição de Randal através do choque e do contato físico, quebrando o ciclo da tensão.
Matt percebeu a ironia: o “extremo conforto” de Randal era, na verdade, a ausência de controle, forçada por um ato simples de autoridade física de Matt.
Matt estava exausto pela noite e pelo susto. A adrenalina do momento estava a desaparecer, e o cansaço do seu sono interrompido estava a regressar com força total. Ele olhou para o Rei, que estava finalmente em paz.
Matt não pensou duas vezes. Ele se deitou ao lado de Randal, por cima das cobertas, sem se preocupar com a formalidade ou a inconveniência. Ele estava muito cansado para voltar para o seu próprio quarto.
Matt fechou os olhos. A cama era grande e macia, e a proximidade de Randal, que agora estava em silêncio, era surpreendentemente relaxante. O seu último pensamento era sobre a simplicidade da solução para a complexidade da realeza. Ele não teve tempo de pensar sobre a quebra de protocolo, ou sobre as consequências se alguém os encontrasse ali.
Matt adormeceu ali mesmo.
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