## Capítulo 7: Primeira Visita Mello chegou ao café no dia seguinte pontualmente às 14h. Randal estava esperando em uma mesa isolada no canto, já com dois copos de suco de laranja na frente. Sofia estava de mau humor, porque o plano era ir para casa brincar, não sair para encontrar o "homem", como ela o chamava. Sofia estava sentada no colo de Mello, abraçando o pescoço dele com força. Ela virava a cabeça toda vez que Randal tentava olhar para ela. Mello se perguntava se ele tinha tomado a decisão certa ao concordar com o encontro, já que Sofia estava tão resistente. Randal olhou para os copos de suco na mesa. Ele pegou um e empurrou na direção de Mello, que o aceitou. Randal começou a falar: "Obrigado por ter vindo. Você pensou na proposta?" Mello colocou Sofia de lado no banco acolchoado, mas ela imediatamente tentou subir de volta no colo dele. Mello a impediu suavemente, colocando uma mão no ombro dela para mantê-la sentada. "Eu pensei. Preciso de alguns esclarecimentos antes de dar uma resposta definitiva." Randal assentiu. Ele parecia relaxado hoje, usando uma camisa polo escura em vez do paletó de ontem. "Perfeito. Mas, antes de entrarmos nos detalhes do contrato, eu gostaria de fazer uma coisa diferente." Mello ergueu as sobrancelhas, esperando. Randal pegou o segundo copo de suco e o ofereceu para Sofia. "Você quer suco de laranja?" ele perguntou com uma voz que tentava ser amigável. Sofia balançou a cabeça rapidamente, ainda escondida atrás de Mello. Randal colocou o copo de volta na mesa, mas não pareceu desanimado. "Eu sei que ontem falei sobre o contrato, mas pensando bem, não acho que seja o momento certo. Sofia é minha irmã, e eu mal a conheço. Assinar papéis agora, sem um mínimo de conexão, parece... frio." Mello concordou silenciosamente com a cabeça. Ele apreciava o reconhecimento de Randal. A proposta de Randal era muito mais do que Mello jamais sonhara, mas a ideia de transformar o cuidado de Sofia em um contrato puramente comercial o incomodava. "Então, o que você sugere?" Mello perguntou. "Eu quero passar tempo com ela. Conhecê-la. E você também, claro, já que você é a pessoa que ela mais confia." Randal olhou pela janela do café. "Tem um parque grande aqui perto, o Central Park. Podemos ir até lá. Deixar Sofia brincar um pouco. Eu queria tentar interagir com ela fora de um ambiente de negociações ou laboratórios." Mello hesitou. Ele tinha planejado o dia para ser focado nos negócios, na obtenção dos detalhes da proposta de Randal. Mas a sugestão de Randal era razoável, e Mello viu a decepção nos olhos de Sofia. Ela não gostava do café. "O parque, mamãe!" Sofia disse, apontando para a janela. "Eu quero o parque!" Mello não podia negar a ela. Ele olhou para Randal, que estava esperando pacientemente. "Tudo bem," Mello disse. "Podemos ir ao parque, mas eu preciso que você entenda que, se ela ficar desconfortável, nós vamos embora imediatamente." "Eu concordo plenamente," Randal respondeu, levantando-se. "Minha prioridade é o bem-estar dela, e isso inclui o conforto." Eles saíram do café. Randal tinha dispensado o motorista, dizendo que iriam a pé para aproveitar o dia. O Central Park ficava a apenas algumas quadras de distância. O sol estava brilhante, mas não muito quente, o que tornava o passeio agradável. Sofia segurava a mão de Mello com força, andando perto dele. Randal caminhava do outro lado, mantendo uma distância respeitosa. Quando chegaram ao parque, Sofia correu para o gramado assim que Mello a soltou. Ela parecia uma criança normal agora, livre da tensão dos últimos dias. Mello a observou enquanto ela corria, o cabelo balançando com o movimento. Randal parou ao lado de Mello, olhando para Sofia. "Ela tem muita energia," Randal observou. "Sempre teve," Mello respondeu, observando Sofia tropeçar levemente, mas se recuperar rapidamente. "Principalmente depois de um longo período confinada." Randal olhou para Mello. "Eu me sinto estranho," ele admitiu. "Eu a vi ontem pela primeira vez, e ela é minha irmã. É uma informação que muda a vida, mas eu não sinto nada, porque ela é uma estranha para mim. E eu sou um estranho para ela." Mello acenou. Ele entendia a confusão de Randal. Ele mesmo tinha passado por isso quando encontrou Sofia. A responsabilidade chegou antes do afeto. Sofia parou de correr e notou que eles estavam a observando. Ela correu de volta para Mello, se escondendo atrás das pernas dele. Ela olhou para Randal, mas se afastou quando Randal tentou fazer contato visual. Randal se ajoelhou, tentando ficar no nível dela. Ele colocou as mãos nos joelhos. "Oi, Sofia. Você está se divertindo?" Sofia apenas se agarrou mais a Mello. Mello colocou a mão no topo da cabeça de Sofia. "Ela é tímida com estranhos," Mello explicou para Randal. "Leva tempo para ela confiar." Randal se levantou, aceitando a rejeição silenciosa. "Tudo bem. Eu entendo. Vou dar um passo para trás." Ele olhou ao redor, avistando um carrinho de sorvete a alguns metros de distância. "Eu vou buscar sorvete. Você gosta de sorvete, Sofia?" Sofia ainda estava escondida, mas Mello notou que ela balançou a cabeça de forma quase imperceptível. Randal viu o movimento também. "Ótimo. Eu volto já." Randal caminhou até o carrinho. Mello levou Sofia para um banco sob a sombra de uma árvore, sentando-se com ela. "Por que você está se escondendo, Sofia?" Mello perguntou em voz baixa. "Ele é grande," ela sussurrou. "Sim, ele é grande, mas ele não é perigoso. Ele é seu irmão." "Ele não é a mamãe." "Não, ele não é. Mas ele se importa com você." Sofia colocou o polegar na boca. Mello tirou o dedo dela gentilmente. "Não chupa o dedo. Randal está tentando ser legal. Tente ser legal também." Sofia fez bico, mas concordou. Randal voltou com três casquinhas de sorvete. Uma de morango para Sofia, uma de chocolate para Mello, e uma de creme para ele mesmo. Ele entregou o sorvete de morango para Sofia primeiro, que o pegou hesitantemente. Ela olhou para Mello, pedindo permissão. Mello acenou, e ela começou a lamber o sorvete imediatamente. Randal se sentou na beirada do banco. Mello observou enquanto ele comia o próprio sorvete com uma seriedade inesperada. Ele parecia focado na tarefa de não deixar o sorvete pingar. Sofia se distraiu com o sorvete, e a timidez diminuiu um pouco. Ela lambeu o sorvete com tanta voracidade que sujou um pouco o nariz. Mello pegou um lenço de papel e limpou. "Você tem que comer devagar, ou vai congelar seu cérebro," Mello disse. Randal riu, um som suave e baixo que Mello não tinha ouvido antes. "Congelar o cérebro? É isso que você diz a ela?" Randal perguntou, sorrindo levemente. "É o que eu digo quando ela está comendo muito rápido. Funciona na maioria das vezes," Mello respondeu, sentindo-se um pouco mais relaxado. O sorvete de chocolate era bom, ajudando a quebrar o gelo. Sofia, percebendo que a conversa não era sobre ela, mas sobre sua comida, começou a se abrir. Ela se virou para Mello e tirou a mochila que Mello sempre carregava com os brinquedos dela. "Mamãe, mostra o pato para ele," ela disse, desenterrando um pato de borracha amarelo. Mello pegou o pato, que era um dos favoritos de Sofia. Ele mostrou para Randal. "Este é Pato. Ele vai a todos os lugares conosco," Mello explicou. Randal olhou para o pato. "Ele parece um pato importante." Sofia riu. Randal ficou visivelmente satisfeito com a risada dela. Era uma risada infantil e alta. Sofia começou a mostrar todos os brinquedos da mochila para Randal. Havia um pequeno carro de plástico, um livro de colorir amassado e um boneco que Mello havia costurado para ela usando meias velhas. Mello observou Randal enquanto ele interagia com Sofia. Randal não agia como se estivesse fazendo um favor, mas como se estivesse genuinamente interessado nos brinquedos de Sofia. Ele fazia perguntas simples, como "Onde Pato gosta de ir?" ou "Qual cor você mais gosta de usar neste livro?" Sofia se abriu gradualmente, respondendo às perguntas. Ela se sentia mais segura no banco, com Mello por perto, e o sorvete de morango agia como um poderoso distrator. Enquanto Sofia se afastava um pouco para brincar com o Pato perto de uma fonte, Mello e Randal continuaram sentados no banco. "Ela é adorável," Randal disse, observando Sofia. "Eu não fazia ideia." "Você não tinha como saber," Mello disse, observando Sofia tentando fazer o Pato flutuar na água da fonte, mas a borda era muito alta para ela. Mello se levantou para ajudar, mas Randal foi mais rápido. Ele se aproximou da fonte e, com cuidado, levantou Sofia para que ela pudesse colocar o Pato na água. Sofia riu, e o som era claro e alegre. Mello viu a expressão no rosto de Randal. Randal estava sorrindo de verdade, uma mudança notável em relação à sua habitual compostura. Eles voltaram para o banco depois de alguns minutos. Sofia estava ocupada novamente, mas agora ela estava sentada mais perto de Randal, desenhando no chão com um giz que Randal tinha tirado do bolso. Mello olhou para Randal, que estava observando Sofia desenhar. Mello pegou a garrafa de água da mochila e bebeu um gole. "Você parece surpreso," Mello disse. Randal se virou para ele. "Eu estou. Surpreso com ela. E surpreso comigo mesmo. Eu não sou bom com crianças. Nunca fui exposto a elas." "Você está se saindo bem," Mello respondeu, observando como Randal gentilmente corrigiu a forma como Sofia estava segurando o giz. Randal suspirou, um som quase inaudível. "Eu cresci praticamente sozinho. Minha mãe morreu quando eu era muito jovem, e meu pai era... distante. Ele estava sempre trabalhando. Eu fui criado por babás e internatos. Nunca tive um irmão ou irmã. Eu não sei como ser um." Mello ouviu atentamente. Era a primeira vez que Randal falava sobre sua vida pessoal, e a revelação era mais íntima do que Mello esperava. A imagem do herdeiro bilionário desmoronava um pouco, revelando um homem solitário. "Eu entendo," Mello disse, pensando em seu próprio passado. "É difícil começar do zero com uma responsabilidade tão grande. Eu não sabia ser mãe. Quando encontrei Sofia, eu não sabia nada sobre bebês. Eu era um... eu estava em uma situação completamente diferente. Totalmente despreparado." Mello parou, considerando o quanto deveria revelar. Randal já sabia sobre os documentos falsos. Ele já sabia que Mello não era quem dizia ser. "Eu achei que nunca conseguiria. A primeira vez que tive que trocar uma fralda, demorei quarenta minutos. O cheiro era horrível, e eu não conseguia fechar a fita adesiva corretamente. Eu me senti inútil." Mello sorriu levemente com a lembrança. "Eu sou um homem que sabe desarmar bombas, mas não conseguia vestir uma criança." Randal riu, e dessa vez, era um riso mais alto e genuíno. "Isso é uma imagem e tanto." "Eu tive que aprender tudo na marra. No começo, eu só lia livros e artigos na internet. Eu era obcecado em fazer tudo certo, porque ela dependia de mim. Eu não tinha o dinheiro que você tem, Randal. Eu tinha que me virar." Mello pensou nas noites que passou em claro, preocupado se Sofia estava respirando direito, se estava comendo o suficiente. Pensou em todos os pequenos sacrifícios que fez, deixando para trás a vida de terrorista para dar a Sofia uma chance de normalidade. "As pessoas julgavam muito. Ainda julgam," Mello continuou. "Principalmente no caixa do supermercado, quando eu estava comprando fraldas e batom ao mesmo tempo." Randal inclinou a cabeça, confuso. "Batons?" "Sim. Batons. Você precisa entender que eu tenho essa aparência, digamos, ambígua. Cabelo longo, sou magro. Na maioria das vezes, quando eu estava com Sofia no carrinho de compras, as pessoas presumiam que eu era a mãe dela, uma jovem perdida que não sabia o que estava fazendo." Mello fez uma pausa, lembrando-se de um evento em particular. "Uma vez, na fila do caixa, uma senhorinha me parou. Ela me olhou de cima a baixo, depois olhou para Sofia, que estava dormindo no carrinho. A mulher começou a falar sobre como eu estava sendo irresponsável, sobre como eu deveria me concentrar na faculdade e não em ter filhos tão jovem. Ela disse que eu parecia 'uma jovem perdida'." Randal cobriu a boca com a mão, tentando não rir alto. "E o que você fez?" Randal perguntou, interessado. "Eu apenas sorri, disse que agradecia o conselho e que a faculdade estava indo bem. Eu não ia explicar para ela que eu era um terrorista aposentado cuidando de uma criança abandonada. Eu só queria pagar as fraldas e ir para casa." Randal riu novamente. Mello percebeu que Randal tinha uma risada contagiante. "Você aprende a ignorar as pessoas," Mello disse. "Aprende que o que importa é a criança. E você vai errar. Eu cometi muitos erros. Mas com o tempo, você se encontra. Você se torna a figura que ela precisa." Sofia se aproximou deles, curiosa sobre o que estava fazendo Randal rir tanto. Ela se sentou no chão, ao lado de Mello, olhando para ele com seriedade. "O que a mamãe parecia?" Sofia perguntou, repetindo o final da história que Mello tinha contado. Mello sorriu para ela. "Eu parecia uma jovem perdida, meu amor." Sofia franziu a testa. "O que é 'jovem perdida'?" "É uma pessoa que não sabe o que está fazendo," Mello explicou. Sofia olhou para Randal, depois para Mello. Ela apontou para Mello com o dedo sujo de giz. "Mamãe parece uma jovem perdida," ela disse com a inocência de uma criança de três anos, sem saber o que estava dizendo, apenas repetindo o som da palavra. Mello olhou para Randal, que estava lutando para conter a risada. Mello balançou a cabeça, sorrindo. "Obrigado pela honestidade, Sofia," Mello disse, pegando ela no colo. Eles ficaram mais um tempo no parque. Sofia se sentia confortável o suficiente para mostrar a Randal como ela balançava nos balanços, e Randal a empurrou suavemente. Mello observou a interação de longe, notando como Randal estava mais à vontade. Randal era bom com ela, de uma forma surpreendente. Ele não a forçava, mas estava presente. Ele a observava, e quando Sofia precisava de ajuda, ele estava lá, sem invadir o espaço dela. Quando o sol começou a se pôr, a temperatura caiu, e Mello achou que era hora de ir embora. Sofia estava cansada e começou a ficar irritadiça. Mello colocou Sofia no ombro e começou a caminhar em direção à saída do parque. Randal os seguiu. "Obrigado por ter vindo," Randal disse enquanto caminhavam. "Eu me diverti. E Sofia também, eu acho." "Ela se divertiu. Sorvete ajuda sempre," Mello respondeu, ajustando Sofia no ombro. Eles chegaram à rua movimentada. Randal parou na calçada. "Sobre a proposta," Randal disse, voltando ao assunto original. "Eu ainda quero que você pense no que discutimos. Eu realmente acho que é a melhor solução para Sofia. Mas, se você aceitar, eu não quero que seja apenas uma transação. Eu quero estar aqui, como um irmão." Mello olhou para Randal. Randal estava sério. O tempo que passaram no parque tinha mudado a dinâmica entre eles. Randal não estava apenas tentando cumprir uma obrigação. "Eu entendo," Mello disse. "Eu vou te dar uma resposta em breve." Randal colocou a mão no bolso, tirando o cartão de visita que havia entregue no dia anterior. "Eu sei que eu disse que queria visitas três vezes por semana, mas eu não quero que pareça que estou te forçando. Eu gostaria de perguntar se posso visitar vocês amanhã. Eu sei que é domingo, mas eu tenho um dia livre e pensei que talvez eu pudesse trazer algo para Sofia. Um brinquedo novo. Ou talvez levá-los para tomar café da manhã em um lugar que sirva waffles." Mello hesitou, pensando na invasão de privacidade que isso representava. Randal, na vida deles, constantemente. Mas ele olhou para Sofia, que estava quase dormindo em seu ombro, e pensou na risada que Randal havia provocado nela mais cedo. Randal estava tentando. "Waffles funcionam," Mello disse. "Mas nós vamos para um lugar que eu escolher. Um que ela goste." Randal sorriu, um sorriso genuíno que iluminava seu rosto. "Combinado. Eu pego vocês amanhã de manhã. Você me manda o endereço do lugar." Mello acenou com a cabeça. Randal se despediu e se afastou. Mello observou Randal ir embora, pensando em como o dia tinha sido inesperadamente agradável. Ele percebeu que Randal realmente queria fazer parte da vida de Sofia. Não era apenas sobre dinheiro ou obrigação legal. Randal estava procurando por uma conexão que ele nunca teve, e Sofia era a chave para isso. Mello segurou Sofia mais perto, enquanto continuava a caminhada para casa. O sol tinha desaparecido, e as luzes da rua estavam acendendo. A vida deles estava mudando, e Randal Von Ivory estava se tornando uma parte dela, muito mais do que Mello havia antecipado. Mello se perguntou como seria a vida deles com Randal por perto, visitando, participando das decisões, vendo Sofia crescer. A ideia não era mais tão assustadora quanto tinha sido no dia anterior. Eles chegaram ao prédio de apartamentos. Mello subiu as escadas, sentindo o peso de Sofia, mas também o conforto de tê-la perto. No apartamento, Mello colocou Sofia na cama. Ela acordou o suficiente para se agarrar a ele. "Mamãe fica?" ela murmurou, a voz sonolenta. "Eu fico," Mello prometeu, beijando a testa dela. Ele saiu do quarto e pegou o celular. Ele enviou a Randal o endereço da lanchonete favorita de Sofia, um lugar simples que servia os melhores waffles da cidade. Enquanto esperava a confirmação de Randal, Mello se sentou no sofá, olhando para a bagunça dos brinquedos espalhados pela sala. A proposta de Randal significava que em breve, eles teriam um apartamento maior, um lugar onde Sofia teria espaço para brincar. Randal respondeu rapidamente: "Perfeito. Vejo vocês amanhã às 9h." Mello guardou o celular. Amanhã seria o primeiro dia oficial de Randal na vida deles, o primeiro passo para a nova dinâmica que eles teriam que construir. Mello fechou os olhos, exausto, mas com uma sensação estranha de otimismo. Ele estava entrando em um acordo com um bilionário, e a única moeda de troca era a felicidade de sua filha, Sofia. E o bilhão de Randal valia a felicidade de Sofia. Mello se levantou e foi até a cozinha, pegando um copo de água. Ele se perguntou se Randal realmente apareceria no dia seguinte. Ele tinha dito que apareceria. E Randal Von Ivory parecia ser um homem de palavra, mesmo que estivesse aprendendo a ser irmão. Mello estava ansioso para o dia seguinte, mas não apenas pelos waffles. Ele estava ansioso para ver Randal interagir com Sofia de novo, para ver o sorriso genuíno que Randal tinha quando Sofia estava feliz. Era uma coisa nova na vida de Mello, uma coisa que ele nunca tinha esperado. Ele pensou na confissão de Randal, sobre a solidão. Mello se identificava com a solidão. Eles eram dois estranhos que tinham sido unidos por uma criança. Mello foi para o quarto e se deitou ao lado de Sofia, observando-a dormir. Amanhã, eles iriam tomar café da manhã juntos. Mello e Sofia e Randal Von Ivory. O bilionário que não sabia ser irmão, mas estava determinado a aprender. O terrorista que não sabia ser mãe, mas que se tornou a única coisa que Sofia precisava. Mello se aconchegou na cama, esperando pelo domingo. Ele estava pronto para o próximo passo. Randal viria amanhã. Ele viria amanhã para fazer parte da vida deles, para se conectar com Sofia. Ele viria amanhã para tomar café da manhã.

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