## Capítulo 7: Os Desmaios de Gabriel L sentiu o aperto de Vladimir em sua cintura se intensificar quando se aproximaram do círculo de adolescentes. Zoey, com seu cabelo loiro perfeitamente esticado e o sorriso de quem está prestes a destilar veneno, o encarou. “Olha quem resolveu aparecer! A propriedade finalmente chegou.” A voz de Zoey era afiada, visando diretamente o comentário de Vladimir da noite anterior. Ela estava insinuando que L era um objeto. L forçou Gabriel a rir. Era um som leve, ligeiramente inseguro, mas que carregava a submissão aceita que Zoey esperava. “Bom dia, Zoey! Vladi estava me enrolando. Vocês sabem como ele é,” L disse, inclinando-se ligeiramente no toque de Vladimir, reforçando a imagem de posse. Vladimir respondeu ao comentário com um sorriso de canto, sem tirar os olhos de Zoey. Era um desafio silencioso, uma demonstração de que ele não se importava que Zoey notasse o drama interno. “Alguém tem que te manter na linha, *namorado*.” Sarah, mais discreta, mas igualmente atenta, aproximou-se. Ela olhou para L de cima a baixo, avaliando a roupa escolhida. L sentiu o escrutínio. Ele havia acertado: a jaqueta de couro fake sobre a camiseta branca era o bastante para dar o ar de 'submissão com estilo'. “Uau, Gabriel. Você está arrasando hoje,” Sarah disse, com um tom que soava estranhamente genuíno e ligeiramente invejoso. “Isso é novo? Vladi que comprou?” “É sim,” L respondeu, com o sorriso de Gabriel crescendo um pouco. “Ele achou que eu precisava de um ‘upgrade’ depois de ontem.” A habilidade de L de tecer a humilhação em algo positivo era crucial. O grupo começou a se mover lentamente em direção à entrada principal enquanto o pátio ficava mais cheio. Anna, a garota que havia sido alvo do escrutínio e humilhação na festa, vinha logo atrás, com uma mochila pendurada de forma desleixada e os olhos no chão. L tentou pegar o olhar de Anna. Ela era uma fonte de informação potencial. Ela estava chateada, era vulnerável, e provavelmente falaria com Gabriel, o único que havia demonstrado um pingo de bondade a ela na noite anterior. Mas Anna se esquivou. Ela parecia evitar qualquer contato visual, focada apenas em chegar ao seu armário. A ansiedade de L aumentou. Ele precisava de Anna. “Zoey, você estava linda ontem, de roxo,” L se viu dizendo, desviando a atenção das garotas para longe de Anna (e talvez dele mesmo). Zoey brilhou com o elogio não solicitado. “Ah, obrigado! Foi a Anna que me ajudou a escolher.” L sentiu um arrepio. Anna? A mesma Anna que elas haviam humilhado? Adolescentes eram criaturas inexplicáveis. O sinal tocou, um barulho agudo e estridente que parecia ecoar a tensão da manhã. Era o sinal para a primeira aula. A multidão instantaneamente se misturou, com os alunos correndo para seus armários. Vladimir parou abruptamente, virando-se para L, ainda com a mão firmemente na cintura dele. Eles precisavam se separar agora. O disfarce exigia que Vladmir tivesse suas aulas com os 'caras' do time, e Gabriel, com as 'amigas' e as aulas de artes avançadas. “Tenho que ir. Te vejo na quarta aula,” Vladimir disse, seu tom alto o suficiente para ser ouvido pelo grupo que passava. Isso era para mostrar que L era dele, mesmo que fosse por um tempo limitado. L sabia o que era esperado. Ele se pôs na ponta dos pés, inclinando-se para um beijo de despedida. Ele esperava o beijo rápido e superficial que Vladimir costumava dar na frente dos outros, um beijo performático para manter as aparências. Mas, para a surpresa de L, e talvez até para Vladimir, devido à altura de L, Vladimir se inclinou. Não de forma possessiva ou rude, mas de maneira deliberada, abaixando a cabeça para encontrar os lábios de L. O beijo foi um pouco mais longo, um toque suave que tinha uma ponta de... arrependimento? Era confuso, mas L retribuiu com a intensidade de Gabriel, a saudade encenada. Era um beijo que dizia: *me desculpe por ontem, mas ainda sou seu*. Quando eles se separaram, o som do beijo ainda ecoando na cabeça de L, ele viu. Anna. Ela estava parada, talvez a cinco metros de distância, perto da entrada do corredor, com o armário aberto. Ela não estava mais olhando para o chão. Seus olhos estavam fixos em L e Vladimir, e sua expressão não era de indiferença ou dor. Era de ceticismo. Seus olhos percorreram a cena: o beijo, o toque possessivo, a separação apressada. Havia algo novo no olhar de Anna. Uma semente de desconfiança plantada ali. L sentiu um frio na barriga. Anna podia ser inteligente. Talvez ela tivesse percebido que Gabriel e Vladimir não eram um casal normal. Se Anna começasse a questionar, a infiltração de Vladimir seria comprometida. Vladimir, no entanto, não notou. Ele deu um tapinha na cintura de L, um gesto final de posse. “Não se atrase,” ele sussurrou, e então se virou, entrando na multidão em direção ao seu armário, logo seguido por Nate. L ficou parado um segundo, sentindo o peso do olhar de Anna. Ele deu a ela seu sorriso mais sedutor e inocente, o sorriso de Gabriel Perez que dizia *não se preocupe comigo, eu amo meu tormento*. Anna franziu a testa, desviou o olhar e se apressou para a sala de aula. L correu para sua aula de Literatura. Ele se sentou na parte de trás, tentando acalmar a adrenalina da performance e a preocupação com Anna. “Você viu aquilo?” Sarah sussurrou, sentando-se ao lado dele. “O Vladi te beijou de verdade hoje! Ele deve estar mesmo arrependido pelo que disse ontem.” L deu de ombros, abrindo o caderno. “Ele é um amor, Sarah. Só é um pouco... intenso,” ele disse, forçando um sorriso de quem tem o melhor namorado do mundo, apesar dos pesares. A aula começou, e L tentou se concentrar no Poema Britânico do Século XIX que o professor estava analisando. Mas sua mente estava em turbilhão. Primeiro, a exaustão acumulada. Quatro horas da manhã, o ritual meticuloso, a tensão da manhã com Vladimir e agora a performance social. Seu corpo estava lutando contra a falta de sono e a alimentação irregular. Segundo, Anna. Ele precisava de um plano para conversar com ela. Terceiro, o relatório de Vladimir. O Terceiro Garoto, a Dark Web, os casos na Europa. Eles estavam lidando com algo muito maior do que gangues adolescentes. A "fraternidade" era talvez apenas uma fachada para algo mais organizado. L esvaziou a mente, forçando-se a absorver o conteúdo da aula. Ele precisava estar atento. Os relatórios de Vladimir sempre tinham que ser detalhados, e L não podia perder um segundo. Mas a cabeça de L começou a ficar pesada. Suas pálpebras estavam pesadas. Ele pensou que era apenas cansaço. Ele se beliscou sob a mesa, tentando se manter acordado. A exaustão de L, porém, era mais profunda do que a simples falta de sono. Ele não tinha comido nada desde o jantar rápido da noite anterior. A adrenalina o mantinha em pé, mas agora, com a relativa calmaria da sala de aula, seu corpo estava cedendo. Se alimentar era um luxo que Gabriel Perez não podia ter, não de forma relaxada. Ele tinha que comer pouco, e geralmente no banheiro, para não ser pego pelas "amigas" em um momento de desleixo. L sentiu um zumbido estranho no ouvido. A luz da sala parecia muito brilhante. O rosto do professor estava se transformando em uma mancha. “... e neste uso de linguagem, vemos a profunda melancolia inerente à condição humana finissecular,” o professor falava, mas as palavras estavam ficando distorcidas. L tentou se concentrar em Sarah, que estava freneticamente anotando algo. O zumbido se transformou em um ruído branco. L sentiu o estômago embrulhar. Uma onda de náusea subiu. Não era a ansiedade comum, era algo físico. Ele apertou os olhos, tentando se equilibrar. Por um segundo, ele pensou em se levantar e pedir licença. Mas ele não conseguiu. Sua visão escureceu. A última coisa que L ouviu foi o som estrondoso de seu corpo batendo no chão. *** L acordou com um cheiro forte de álcool e desinfetante. Ele estava deitado em uma cama estreita e desconfortável. Ele estava na enfermaria da escola. Seu corpo estava dolorido, especialmente a testa, onde ele presumiu ter batido no chão ou na mesa. Ele piscou, tentando se orientar. A enfermeira, uma mulher robusta e de voz suave, estava ao lado dele. “Oh, você acordou, querido. Que susto você nos deu!” ela disse, colocando a mão gentilmente na testa de L. “Como você se sente, Gabriel?” L tentou falar, mas sua boca estava seca. “Água,” ele conseguiu sussurrar. A enfermeira lhe deu um copo de água, que ele bebeu em grandes goles. A água gelada restaurou um pouco de sua clareza. “O que aconteceu?” L perguntou, sentando-se com cuidado. “Você desmaiou,” a enfermeira explicou, sorrindo de forma preocupada. “Você bateu a cabeça, mas parece ser só um galo. A boa notícia é que você desmaiou na sala de aula. Sarah e alguns outros te trouxeram para cá.” L franziu a testa. Desmaiou. Ele, L, um detetive treinado, desmaiando como uma adolescente frágil. Era humilhante. Mas, no contexto de Gabriel Perez, era perversamente útil. Reforçava a imagem frágil e dependente. “Eu… eu não sei. Eu me senti muito tonto,” L disse, mantendo-se no personagem vulnerável. A enfermeira assentiu. Ela pegou a prancheta ao lado da cama. “Bem, querido, eu tenho que ser honesta. De acordo com o seu histórico aqui… e o que sinto na sua pulsação… Isso não me parece um desmaio de estresse. Me diga, você comeu alguma coisa hoje, Gabriel?” L hesitou. Ele não gostava de mentir para a enfermeira, mas Gabriel não podia parecer descuidado. “Sim… um pouco de café e um pedaço de torrada, eu acho.” A enfermeira balançou a cabeça, o olhar reprovador, mas gentil. “Café não é café da manhã, querido. E você está muito abaixo do peso que deveria manter. Seus níveis de glicose estavam baixos. Você desmaiou por pura exaustão e falta de nutrientes, Gabriel. Você precisa comer. E dormir.” A verdade física era inegável. Nos últimos meses, L havia se dedicado tanto ao papel de Gabriel, mantendo-o magro e etéreo para combinar com a estética esperada pelos adolescentes (e por Vladimir), que ele havia negligenciado suas próprias necessidades. Ele não estava desmaiando por fragilidade emocional, mas por fome. “Eu… estou muito estressado,” L se desculpou, apoiando-se no pretexto emocional. “Eu sei, querido. A vida de todo estudante é estressante. Mas a saúde em primeiro lugar,” a enfermeira insistiu. Ela lhe deu um pequeno pacote de biscoitos de aveia e um copo de suco de laranja. “Coma isso. E se precisar, peça para vir para cá e descansar um pouco. Você precisa de comida de verdade.” L agradeceu, e enquanto comia os biscoitos secos, sentiu a energia retornando lentamente. A situação era um lembrete físico do custo da infiltração. Ele estava prestes a perguntar sobre a próxima aula quando a porta da enfermaria se abriu. O diretor da escola entrou. Ele era um homem alto, de meia-idade, com um ar de cansaço perpétuo e vestindo um terno que parecia um pouco apertado. Ele não parecia feliz. “Ah, Gabriel. Você está acordado. Ótimo,” disse o diretor, sua voz grave e sem enrolação. Ele olhou para a enfermeira. “Podemos ter um momento a sós, por favor?” A enfermeira lançou a L um olhar de desculpas e saiu, fechando a porta. L sentiu um aperto no peito. O diretor parecia sério. Algo aconteceu. O desmaio chamou a atenção errada, ou pior, Vladimir tinha feito outra coisa. “Diretor?” L perguntou, tentando soar confuso e um pouco fraco, a persona de Gabriel em modo de defesa. O diretor se sentou no banquinho ao lado da maca e suspirou, o peso do mundo parecendo cair sobre seus ombros. “Gabriel, eu não estou aqui para falar sobre seu desmaio. Isso a enfermeira já fez. Honestamente, você precisa cuidar de si mesmo. As alunas não estão se alimentando direito, é um problema sério por aqui. Mas isso é outra coisa.” O diretor pegou o celular do bolso e colocou-o na mesa de cabeceira, sem ligá-lo. “Eu recebi um vídeo. Um vídeo da festa de ontem à noite,” ele começou, e L sentiu sua garganta secar. O vídeo. O momento em que Vladimir o chamou de “puta”. Alguém havia filmado. “Eu sei que o que acontece fora da escola é… complicado,” o diretor continuou, massageando as têmporas. “Mas quando o que acontece fora da escola começa a ser filmado e me enviado anonimamente, eu tenho que intervir. Especialmente quando o que acontece é… abuso verbal.” L manteve a expressão vazia de Gabriel, esperando pela palavra final. “O vídeo mostra Vladimir… te chamando de ‘puta’, Gabriel. Na frente de muita gente. Você estava claramente chateado. Você foi embora. Isso não foi a primeira vez que recebemos reclamações sobre o comportamento tóxico de Vladimir.” L se sentiu paralisado. Ele não estava atuando agora; ele estava genuinamente tenso. O diretor estava usando o vídeo como prova para intervir no relacionamento deles. Isso era imprevisto. O diretor continuou, com uma nota de ressentimento na voz. “Lembro-me claramente da vez em que recebemos quatro ou cinco ligações de pais—e não era nem um de vocês—preocupados com uma marca que você tinha no seu pescoço. O Vladimir disse que foi um esbarrão, mas depois descobrimos a verdade. Ele foi suspenso por uma semana.” L lembrou-se disso. Foi uma das primeiras manobras de Vladimir para estabelecer o seu domínio. Uma marca proposital, um ‘chupão’ forçado que parecia uma contusão, apenas para chocar e cimentar a narrativa de ‘namorado possessivo e agressivo’. L havia concordado com a suspensão de Vladimir, pois isso servia para solidificar a imagem do detetive como um dos ‘fodas’ da escola. “E depois, Gabriel, aquela aluna—eu não posso dizer o nome—aquela aluna veio até mim, completamente aterrorizada, e me mostrou um vídeo de Vladimir te sufocando contra a parede da lanchonete,” o diretor disse, sua voz ganhando força. “Essa foi a primeira vez que pensei seriamente em expulsar Vladimir da escola. Esse tipo de violência… isso não é normal.” L se mexeu na maca. O vídeo da lanchonete. Ele havia esquecido, mas Vladimir tinha planejado isso também. Uma demonstração dramática de controle físico em um lugar público para que a fofoca se espalhasse rapidamente. Ele tinha que reagir como Gabriel. A lealdade de Gabriel a Vladimir era inabalável. L cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar. Não era difícil. A exaustão, o estresse, e a humilhação do desmaio estavam todos à espera de serem liberados. Ele chorou com a voz embargada, o soluço de um adolescente aterrorizado com a ideia de perder o seu único ponto de ancoragem, por mais tóxico que fosse. “Não, por favor, diretor. Não o separe de mim,” L implorou, as lágrimas escorrendo por seus dedos. Ele sentiu o gosto salgado de seu próprio suor e das lágrimas. “Eu… eu o amo. Nós nos amamos. Ele só… ele só perde o limite às vezes. Mas ele é bom para mim, ele me protege!” Ele sabia que essa era a reação perfeita de uma vítima em um ciclo de abuso. Ele estava jogando com a psicologia da situação. E, para o seu alívio, estava funcionando. O diretor balançou a cabeça, parecendo genuinamente perturbado pela dor de L. “Eu não estou falando em expulsar Vladimir, Gabriel. Pelo menos não neste momento. Mas estou falando que isso não pode continuar. Isso não é um relacionamento saudável. Você desmaiou de estresse hoje, provavelmente. Ele está te esgotando emocionalmente.” O diretor pegou a mão de L, sua expressão era de paternidade cansada. “Talvez seja melhor, pelo seu bem, que vocês dois terminem por um tempo. Um tempo para esfriar a cabeça. Um tempo para você se recuperar. Eu não vou suspendê-lo novamente por enquanto, mas se eu receber outro vídeo, Gabriel… eu não terei escolha.” L continuou a soluçar, mas assentiu. Isso era perfeito. Um ‘término forçado’ pela escola daria a eles a chance de operarem separadamente por um tempo, o que could ser útil para a investigação, afastando o foco da dinâmica de ‘casal’. Gabriel teria que parecer devastado, mas obediente. O diretor pigarreou. “E a propósito, Gabriel,” ele acrescentou, com um tom mais suave e ainda mais perturbador por sua falsa preocupação. “Você está muito magro. A enfermeira está certa. Você precisa comer mais. Não se preocupe tanto com o peso. Você não vai engordar tanto se comer um pouco mais, querido. Você é um garoto saudável.” L sentiu um calafrio percorrer a espinha. O diretor estava sugerindo que Gabriel tinha algum tipo de transtorno alimentar, ou pelo menos uma preocupação excessiva com o peso, comum entre os adolescentes, mas que L sentia como uma invasão. Era o último toque de humilhação: não podiam nem mesmo ter um corpo magro sem que as aparências fossem interpretadas. Ele secou as lágrimas rapidamente, o sorriso forçado de Gabriel voltando, misturado com a dor da ameaça. “Eu vou comer, diretor. Eu prometo. Eu só… não quero perder o Vladi.” “É para o seu bem, Gabriel. Vá agora. A enfermeira vai te dar uma autorização para faltar o resto da manhã. Vá para casa e coma alguma coisa,” o diretor finalizou, levantando-se. L desceu da maca, sentindo-se tonto, mas com a mente trabalhando freneticamente. O diretor tinha dado a eles a cobertura perfeita. Ele pegou a mochila, o biscoito inacabado na mão. Ele saiu da enfermaria, atravessou o corredor estranhamente silencioso (todos estavam em aula) e foi em direção à saída. Saindo do calor abafado do prédio, o ar frio bateu em seu rosto. L caminhava pelo pátio. Sua mente estava completamente atordoada pela confusão do dia: o beijo, o desmaio, a conversa com o diretor e a ameaça de separação. Ele lembrou da última e mais cruel frase do diretor, a que atacava o âmago da persona de Gabriel. *“Você não vai engordar tanto se comer um pouco mais...”* O corpo de L havia cedido. E a crueldade do disfarce vinha com a ironia: ele estava morrendo de fome para manter a aparência de troféu adolescente. L, o detetive, teve que admitir a si mesmo o que ele vinha ignorando nas últimas semanas, focado apenas na coleta de informações. Com toda aquela confusão e falta de tempo para se alimentar corretamente, ele havia perdido mais de três quilos desde que o caso começou. Para a felicidade de Gabriel Perez, que agora era ainda mais etéreo e desejável, e para a infelicidade de L, que estava exausto e subnutrido. Ele sentiu o peso da infiltração. L continuou a caminhar, atordoado e faminto, em direção ao portão da escola.

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